Classe Brachiopoda

                                    Classe Branchiopoda

Os branquiópodes (que significa "brânquias nos pés") são pequenoscrustáceos (0,25 milímetros - 10 cm de comprimento) que se encontram emlagos, tanto salgados como de água doce em todo o mundo, incluindo a famosaArtemia salina. É um grupo morfologicamente diverso, no qual estão incluídos os Anostraca (conhecidos como artêmia, camarão de salmoura, branchoneta ou camarãozinho), os Notostraca (às vezes referidos como camarões-girino), os cladóceros (pulgas d`água) e os conchóstracos Spinicaudata, Laevicaudata e Cyclestherida. Até o momento, são conhecidas 1.015 espécies deBranchiopoda1 ,2 , além de uma ordem extinta, a ordem Lipostraca, do períodoDevoniano (aproximadamente 400 - 360 milhões de anos atrás).
Os ovos destes animais resistem à secura e podem ficar grandes períodos à espera para eclodirem. É frequente encontrá-los em lojas de animais e, colocados num aquárioeclodem rapidamente e servem de alimento a muitosorganismos. As artémias foram também comercializadas como macacos do mar.


A classe Branchiopoda abrange representantes que vivem, basicamente, em águas doces, como os Diplostraca (subordens Conchostraca e Cladocera), mas também outros que ocorrem em águas interiores salobras e estuarinas, como os Anostraca. Três grupos, as ordens Anostraca e Notostraca e a subordem Conchostraca, são de limitada ocorrência e apresentam pequeno número de espécies. São invertebrados de pequeno a médio porte, que variam de 0,2 a 10cm de comprimento, distintamente segmentados e com grande número de patas natatórias. Estas são achatadas e lobadas e desempenham funções locomotora e de respiração (Rocha & Güntzel, 1998).
Dentro da classe Branchiopoda, a subordem Cladocera caracteriza-se pela segmentação reduzida do corpo, por apresentarem tórax e abdome fundidos em um tronco, no qual estão inseridos de quatro a seis pares de apêndices na porção anterior e que termina em estrutura denominada pós-abdomen, que contém uma garra terminal. Os apêndices funcionam individualmente como brânquias e estruturas filtradoras de alimento. Apresentam carapaça única, dobrada na porção dorsal, dando impressão de estrutura bivalva, a qual encerra todo tronco, mas usualmente não a parte cefálica. A cabeça é uma peça compacta, na qual a estrutura mais proeminente é o olho composto, formado por numerosas lentes hialinas circundadas por uma massa de pigmentos granulares. Um ocelo, em geral pequeno, situa-se posteriormente ao olho (Brooks, 1959). O tegumento dos Cladocera é composto de quitina e é, geralmente, pouco pigmentado, podendo ser amarelado ou completamente transparente.
A maioria das espécies tem tamanho compreendido entre 0,5 a 3,0mm, mas algumas podem chegar a 18mm de comprimento. A maioria dos Cladocera é de hábito rastejador ou bentônico, movendo-se entre os detritos na região litorânea de lagos e de reservatórios, mas há famílias predominantemente de hábito planctônicos. Há também organismos que vivem associados ao filme de tensão superficial da água, e que pertencem à comunidade do plêuston, ou que vivem como ectoparasitas (Rocha & Güntzel, 1998).
Com relação aos hábitos alimentares, a maioria das espécies bentônicas alimenta-se raspando matéria orgânica da superfície de plantas, sedimentos ou outros materiais, enquanto as espécies planctônicas são filtradoras e alimentam-se de algas, bactérias e outras partículas em suspensão (Rocha & Güntzel, 1998).
O ciclo de vida dos Cladocera abrange tanto reprodução assexuada, por partenogênese, quanto reprodução sexuada. Na reprodução sexuada, a fertilização geralmente ocorre na câmara incubadora. Na maioria das famílias, os ovos fertilizados são liberados na água, mas entre os Daphnidae são mantidos dentro da carapaça, em uma estrutura modificada, denominada efípio, a qual é liberada durante a muda. Os machos são geralmente produzidos sob condições adversas, tais quais superpopulação, baixas temperaturas, redução drástica do nível de água ou escassez de alimento. Os membros de duas famílias que sofrem partenogênese, os Moinidae e os Polyphemidae, produzem ovos com muito pouco vitelo, mas possuem uma glândula na superfície da câmara incubadora que secreta um fluido rico em nutrientes, do qual se alimentam os embriões em desenvolvimento (Brusca & Brusca, 2003).
Os Cladocera são economicamente importantes e abundantes em água doce. Apresentam alta produtividade secundária representando, juntamente, com outros grupos que compõem o zooplâncton, o elo intermediário da cadeia alimentar, através do qual a energia flui para os níveis tróficos superiores, chegando até peixes, aves aquáticas e o homem (Rocha & Güntzel, 1998).
Além disso, devido ao fácil cultivo em laboratório, ao curto tempo de desenvolvimento e a alta taxa intrínseca de aumento natural, os Cladocera são os organismos mais empregados como fonte natural de alimento para larvas e alevinos de peixes em aquicultura. Diversas espécies de Cladocera são organismos sensíveis e foram padronizados mundialmente como organismos-teste nos estudos de ecotoxicologia (Rocha & Güntzel, 1998).
No Brasil foram registradas apenas oito espécies de cladóceros marinhos, as quais estão distribuídas dentro das Ordens Ctenopoda e Onychopoda, e dentro dos gêneros Penilia Dana 1849, Pseudevadne (Claus, 1877), EvadneLoven, 1836, Pleopis Dana, 1852 e Podon Lilljeborg, 1853 (Posta, 2006). Destas, três espécies (três gêneros, duas famílias, uma ordem) possuem registro para a Bacia de Campos.

Fontes:  pt.wikipedia.org/wiki/Branchiopoda 
               www.biologia.ufrj.br/LIZI/cat.zoo/Branchiopoda/Branchiopoda.html


Imagens de exemplos:

Fonte: www.biologia.ufrj.br/LIZI/cat.zoo/Branchiopoda/Branchiopoda.html


Ordens da Classe Branchiopoda

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